.

.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A Casa Macabra

Para aproveitar um feriado, um grupo de seis jovens decide acampar. O grupo era formado por quatro rapazes e duas garotas. Como estava no inverno, eles foram para um lugar chamado de “floresta branca”. O local tem esse nome devido a grande densidade de neblina que se forma essa época do ano. Chegaram por volta das seis da tarde e logo acamparam, pois começou a cair uma forte chuva.
Pela manhã, mesmo estando sob um forte sereno e um frio congelante, estavam todos muito animados. Para eles, só pela paisagem, já valia estar naquele local.
Johnny, o único que era contrário ao acampamento, quis improvisar um banheiro e se afastou um pouco da barraca em que estavam. Enquanto se aliviava, avistou um vulto que parecia ser de um homem andando a alguns metros dele. Johnny ficou curioso e quis segui-lo, mas o homem logo sumiu no meio da neblina. Quando voltou, Johnny contou para seus amigos o que acabara de ver, mas todos pensaram que se tratava de um morador da região.
A noite foi chegando e a escuridão tomou conta do local. Todos ficaram dentro da barraca conversando até um a um começar a sentir sono e dormir. Mas por volta das três da manhã, acordaram com sons de passos ao redor da barraca, todos ficaram parados, apenas ouvindo o som que vinha de fora. Quem estava andando lá fora, também emitia alguns gemidos estranhos. O que deixou os jovens muito assustados. Os passos desengonçados ficaram rodeando a barraca durante alguns minutos, até começar se afastar aos poucos e sumir de vez.
Nas primeiras horas do dia, todos queriam ir embora, mas, o tempo não estava colaborando. Uma forte chuva caiu durante quase o dia todo. Como o tempo não melhorava, e mesmo assustados, decidiram ficar mais uma noite.
Johnny convidou seu amigo Allan para pegar lenha, e enquanto os dois procuravam galhos secos, avistaram um homem andando ao longe. Johnny disse que foi aquele homem que ele havia visto. Allan convenceu Johnny a segui-lo. Os dois começaram a andar atrás do homem e foram se afastando cada vez mais do acampamento. Mesmo perdendo o homem de vista, continuaram andando até chegar em frente a uma velha casa que parecia estar abandonada.
Os dois ficaram parados por um tempo em frente a casa e notaram que a porta estava aberta. Nesse momento começou a chover novamente, e Allan para se proteger da chuva, correu e entrou na casa. Johnny ficou chamando Allan durante alguns minutos, e como não teve resposta, decidiu entrar. A casa era muito antiga e continha alguns móveis velhos, todos empoeirados. A única iluminação que tinha, vinha do que restava da luz do dia. Johnny continuou a chamar por Allan, mas ele não respondia. Johnny começou a escutar um som estranho que vinha de um cômodo da casa, e pensando que era uma brincadeira de Allan, decidiu verificar. Foi passando pela cozinha, banheiro, e foi andando até chegar em um quarto no fim do corredor. Ao entrar, Johnny se deparou com uma cena terrívelmente mórbida. Havia sangue por todo lado e, em um dos cantos do quarto, uma mulher sentada no chão devorava seu próprio braço, e na outra mão, segurava o corpo de um bebê já em estado de decomposição. Johnny ficou muito assustado e saiu correndo, mas deu de cara com um homem cujo os olhos lacrimejavam sangue. O homem segurou Johnny e o atacou dando-lhe uma mordida no rosto. Johnny, mesmo aterrorizado, conseguiu se livrar do homem e correr para fora da casa. Sangrando e com muito medo, Johnny tentou fugir, mas com as pernas bambas, caiu a poucos metros da casa.
No dia seguinte, os outros estavam tão preocupados com o sumiço dos rapazes que decidiram chamar a policia. Alguns policiais vasculharam o local e encontraram Johnny delirando próximo a casa.
Johnny ficou tão perturbado que precisou ser internado num sanatório, pois ninguém acreditou na sua história. Allan nunca foi encontrado, assim como a família que vivia naquela casa.

Autor : Felipe AG

2 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...