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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Quinto Corpo

Hellen e Jane são amigas inseparáveis, e para comemorar a formatura do colégio, decidiram fazer uma viagem. Elas viajariam de carro por dois dias até chegarem em uma cidade litorânea. Mas algo na estrada mudou os planos.
Um animal estranho, que mais parecia um bode, surgiu bem na frente do carro. O animal parou bem no meio da estrada, e Hellen tentando desviar, perdeu o controle da direção fazendo o carro derrapar, capotar e as duas desmaiarem na hora.
Algum tempo depois, Hellen acorda deitada em um velho sofá na sala de uma casa estranha. Logo aparece uma senhora e pergunta como Hellen está se sentindo. A primeira coisa que Hellen faz é perguntar por Jane. A velha senhora diz que quando encontraram o carro tombado, apenas Hellen estava nele. Hellen pede para usar o telefone a fim de avisar a policia, mas a senhora diz que ali nunca chegou linha telefônica e que a delegacia mais próxima ficava em outra cidade à 35km dali. A velha pediu que Hellen se acalmasse e que pessoas ajudariam a encontrar Jane. Hellen tentou se levantar do sofá, mas estava sentindo muitas dores pelo corpo, e decidiu passar a noite por ali mesmo.
Mais tarde, quando já estava se sentindo melhor, Hellen decide dar uma volta pela cidade. Ela, ao sair da casa, percebe que está em uma vila cercada por grandes plantações, cuja maioria das casas tem aspectos antigos. Ao andar pelas estreitas ruas da vila, Hellen notou que as pessoas ficavam olhando para ela de um modo estranho, o que fez com que ela ficasse constrangida e retornasse para a casa.
As horas foram passando, a noite foi chegando, e Hellen ficou à espera de que alguém trouxesse notícias de Jane, e como nada acontecia, ela foi ficando cada vez mais angustiada.
Por volta das dez da noite, enquanto cochilava no sofá, Hellen começou a ouvir sons de vozes, como se várias pessoas estivessem rezando. As vozes vinham da rua. Hellen saiu para ver o que estava acontecendo, e viu uma espécie de procissão passando bem em frente a casa. As pessoas carregavam um corpo de uma pessoa enrolada em um lençol e outras seguravam velas acesas. Hellen perguntou para um morador o que era aquilo, e ele respondeu que um idoso que sofria de uma certa doença havia falecido e que aquilo era um costume deles antes de enterrar os mortos. A procissão foi indo até chegar em uma igreja. Depois que todos entraram, as portas foram trancadas. Então Hellen voltou para a casa e passou praticamente a noite toda em claro. Ela também notou que a velha só voltou após o amanhecer.
Pela manhã, Hellen perguntou pelo seu carro e se tinha um modo de ela sair dali. A senhora disse que não sabia do carro e pediu que ficasse mais um pouco que alguém a levaria embora. Mas as horas foram passando e nada. Hellen que não sabia onde estava e nem o que aconteceu com Jane, começou a se desesperar. Começava a escurecer e Hellen cada vez mais apreensiva queria ir embora de qualquer jeito.
A velha preparou um chá e deu para Hellen beber dizendo que era para acalmá-la. Depois de alguns minutos, Hellen começou a se sentir estranha e passou a desconfiar da velha senhora quando ela começou a dizer umas coisas estranhas. Disse que Hellen e a sua amiga Jane faziam parte de algo muito importante que aconteceria naquela noite. Hellen ainda tentou fugir, mas meio zonza, desmaiou ali mesmo. Outras pessoas apareceram, pegaram Hellen enrolaram-na em um lençol e saíram em procissão até a igreja. Nessa estranha igreja, bem no centro, havia um enorme pentagrama com uma cruz de cabeça para baixo em cada ponta da estrela, quatro delas com corpos amarrados, menos uma que estava destinada a Hellen. Ela acordou bem no exato momento em que iam colocá-la na cruz. Hellen reconheceu que um dos corpos era de sua amiga Jane, o que fez com que ela começasse a gritar desesperadamente. Amarraram Hellen na cruz e cortaram seus pulsos. O sangue dos pulsos de Hellen e dos outros corpos escorria até uma banheira em que havia um corpo que parecia ser de um homem muito magro, quase que esquelético. As pessoas que lá estavam, cercaram o pentagrama e começaram a fazer algum tipo de reza em uma língua desconhecida. Hellen, que nada podia fazer, apenas observava todo aquele ritual apavorante, e antes de morrer, teve uma visão aterradora. Ela viu o cadáver do homem na banheira começar a se mexer, abrir seus olhos vermelhos e também se alimentar do sangue que caía em cima dele.

Autor : Felipe AG

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