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segunda-feira, 1 de março de 2010

Um Banheiro Escuro

Baseado em fatos reais

Paul e Phill são irmãos, e como sempre fazem quando estão de passeio, vão até o centro cívico da cidade para descansar. Este local é usado para prática de esportes, como futebol, skate, atletismo e também há vários brinquedos para a diversão das crianças. É um local muito tranqüilo.
Era para ser mais um dia comum de visita ao centro cívico. Nesse dia, o céu estava nublado, mas fazia muito calor. Os irmãos fizeram como de costume, usaram o banheiro, beberam água e foram sentar em um dos bancos ao redor da pista de corrida. Os dois ficaram conversando por alguns minutos, até que, de repente, o tempo começou a virar. O céu foi ficando escuro e o vento forte anunciava a chegada da chuva. As pessoas que lá estavam, os skatistas, os rapazes do futebol, e os corredores, percebendo que logo iria chover, foram embora. Paul e Phill ficaram por mais algum tempo sentados, mas não demorou muito e começou a chover. Os dois tentaram se proteger debaixo de uma cobertura, mas a chuva estava muito forte, então, eles correram até o banheiro, que por sorte, ainda estava com a porta aberta, pois estava quase na hora do centro cívico fechar.
Logo anoiteceu, e o banheiro ficou praticamente escuro, apenas a claridade das luzes dos postes entrava pela janela. Os rapazes ficaram papeando por um longo tempo, mas a chuva não passava, e aproveitando a escuridão do banheiro, decidiram usar um celular com câmera para gravar “forjar” um vídeo assustador e colocar na Internet. Mas a câmera do celular não era muito boa, não dava para enxergar nada pelo visor do telefone, nem usando o flash conseguiram gravar. Phill lembrou que o celular tinha gravador de voz, e brincando, disse que iria gravar para ver se captava algum som estranho. Ele começou a gravar, andou por todo o banheiro, incluindo todas as cabines com vasos sanitários. Phill parou a gravação, escutou, mas não havia nada de anormal, apenas as vozes deles próprios. Paul pegou o celular e também começou a gravar, repetiu todo o caminho que Phill havia feito, só que desta vez, eles ficaram em silêncio. Terminada a gravação, Paul a escutou, e mais uma vez nada foi registrado. Como nada aconteceu, os irmãos ficaram na porta do banheiro esperando a chuva passar, mas nada do aguaceiro diminuir. Então, Paul, mais uma vez, pegou o celular e começou a gravar, repetiu o mesmo processo de antes, Phill para não fazer barulho, ficou na porta. Paul aproveitando a distração de Phill, quis pregar uma peça. Paul, com sua voz fez uma espécie de gemido para sair na gravação. Depois que a gravação terminou, Paul começou a escutá-la. No começo não havia nada, apenas o som da forte chuva no telhado, mas alguns segundos depois, ele ouviu um som estranho. Paul percebeu que aquele som era diferente do ele havia feito, mas mesmo assim, achou que fosse sua voz. Alguns segundos mais se passaram e aí sim, veio a voz de Paul, que nessa hora ficou todo arrepiado, chegando a ponto de seus olhos lacrimejarem. Paul mostrou a gravação e o som estranho para Phill, que também se assustou muito com aquilo. Os dois ouviram a gravação mais algumas vezes ali mesmo e ficaram tão assustados, que nem mais foram aos fundos do banheiro. Passaram-se mais alguns minutos e a chuva só havia diminuído pouco, e percebendo que poderia durar a noite toda, foram embora assim mesmo.
Em casa, mais tranqüilos, escutaram a gravação repetidas vezes, e notaram que aquele som estranho, era a voz de uma criança. E escutando mais várias e várias vazes, notaram também que, a voz dessa criança, que parecia ser de uma menina, dizia “vá embora”. Isso deixou os dois mais assustados ainda.
A gravação tem pouco mais de um minuto, e no momento dessa gravação, o centro cívico já estava fechado, e apenas Paul e Phill estavam no banheiro.

Autor : Felipe AG

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