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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Epidemia - os mortos caminham

Desde as primeiras horas do dia, a policia e os bombeiros receberam inúmeras chamadas de emergência, quase todas elas denuncias de agressão. Os telefonemas desesperados começaram de madrugada e se estenderam por quase o dia todo. As linhas congestionaram.
Ao atenderem as ocorrências, tanto os policiais quanto os bombeiros se surpreenderam com o que viram. Enquanto os serviços de resgate atendiam os feridos, quase todos eles com ferimentos provocados por mordidas, a policia se encarregava de cuidar dos tais agressores, mas, a situação era mais grave do que eles previam.
Os agressores eram pessoas que pareciam estar completamente loucas, pois também atacaram os policiais com extrema violência. O mais estranho era que essas pessoas agrediam querendo desferir mordidas. Os policiais tiveram muito trabalho para controlar a situação, tiveram que disparar suas armas varias vezes contra aquelas descontroladas pessoas, que mesmo recebendo vários tiros, continuaram avançando, e só quando foram atingidos na cabeça, caíram para não mais levantar.
Algumas pessoas não puderam ser salvas pelos médicos, enquanto os feridos, inclusive policiais, começaram a apresentar estranhos sintomas. Seus corpos ficaram gelados e também respiravam com muita dificuldade. Até que um a um foram falecendo após terem parada respiratória. Mas o pior ainda estava para acontecer.
Alguns segundos depois de entrarem em óbito, essas pessoas acordaram com a mesma insanidade daqueles que os agrediram, e a primeira coisa que fizeram, foram avançar sobre os bombeiros e os policiais que ali estavam. E assim foi em diversos lugares, quem entrava em contato com essas estranhas pessoas, aqueles que eram mordidos e acabavam feridos ou mortos, minutos depois, apresentavam os mesmos sintomas de agressividade e atacavam violentamente quem estivesse por perto.
A aparência medonha, os olhos esbranquiçados e estranha insanidade de se alimentar de carne humana chocaram todos aqueles que presenciaram aquela terrível cena, pelo menos aqueles que conseguiram escapar.
Outro fato intrigante era que muitas dessas pessoas estavam muito machucadas, algumas até sem um membro do corpo, mas continuavam ali, caminhando, rastejando, avançando sobre aqueles que cruzavam seu caminho.
Conforme as horas passavam, o numero de mortos-vivos, como começaram a serem chamados, só aumentava. O caos se instalou na cidade.

Continua...

Autor : Felipe AG

Para quem não leu, aqui estão os primeiros contos da série Epidemia!

Epidemia conto 1 - o pesadelo de Nathan
Epidemia conto 2 - Dra.Annie
Epidemia conto 3 - o policial Jeff
Epidemia conto 4 - o jornalista William
Epidemia conto 5 - a garota Amanda

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