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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Noite de Tempestade

Após mais um dia de trabalho, Charlie, como em todas as vezes, chegou cansado, tomou banho, jantou, deitou no sofá e ligou a TV. Charlie costumava ficar assistindo televisão até quase a hora de dormir, mas,nesse dia, o cansaço era maior, então ele adormeceu no sofá.
Uma hora e poucos minutos depois, Charlie acordou assustadíssimo. Ele havia deixado a luz da sala acesa e a TV ligada, agora, sua casa estava uma completa escuridão. Mas esse não foi o único motivo de Charlie despertar tão assustado. O som estridente de uma trovoada o fez acordar. Naquele momento caía um forte chuva, com ventania, raios e trovões.
Após o susto, Charlie percebeu que toda aquela escuridão foi causada devido a forte tempestade. Toda aquela água que desabou, somado as inúmeras descargas elétricas, contribuíram com a queda da energia elétrica.
Como ainda estava cedo, Charlie continuou deitado no sofá, hora olhando para o teto, hora olhando para a janela, observando os galhos e as folhagens das árvores e plantas do seu quintal balançarem devido os ventos fortes, que através das cortinas formavam sombras, de certo modo, assustadoras.
Por volta de uma hora depois a tempestade passou e restaram apenas alguns poucos relâmpagos e som de trovoadas, mas com menos intensidade. Charlie não tinha muito o que fazer, ainda aguardava impacientemente a volta da energia elétrica. Como não restava outra alternativa, ele decidiu ir pra cama mais cedo, mas, antes de levantar do sofá e se dirigir para seu quarto, notou algo estranho. Notou que os galhos das árvores continuavam balançando, mas agora as sombras pareciam estar balançando de modo diferente, pareciam estar se movimentando mais rápido e mais próximo da janela. Curioso para saber o que estava acontecendo lá fora, Charlie levantou-se, foi até a janela, abriu e se espantou com o que viu. As árvores e plantas do seu quintal estavam totalmente paradas. Não só a a chuva e trovoadas, mas também a ventania havia cessado. Charile pensou “ O que eram aquelas sombras que eu vi?”. Mas o maior susto ainda estava por vir. Charlie, antes de fechar a janela, e bem no momento em que um relâmpago iluminou o quintal, foi surpreendido por um vulto negro que surgiu de repente e o agarrou tentando puxá-lo para fora. Charlie sem saber o que estava acontecendo tentou lutar contra aquilo que o estava agarrando, mas, por mais que fizesse esforço para de soltar, não conseguia. A escuridão era total, isso fez com que Charlie entrasse em desespero, ainda mais quando outras mãos o agarraram, agora, era como se três pessoas estivessem tentando puxá-lo para fora. Até que Charlie não conseguiu mais suportar e foi puxado para fora e arrastado por aqueles seres estranhos para o meio do quintal. Enquanto Charlie era arrastado, notou que os vultos, que ele apenas conseguia ver quando os relâmpagos clareavam o quintal, emitiam alguns grunhidos estranhos. Charlie gritou desesperadamente em vão, os vultos continuavam o arrastando pelo quintal, até que, a energia elétrica voltou e, do nada, os vultos desapareceram. Quando Charlie se deu conta, viu que estava todo sujo de lama, bem no meio do quintal entre as plantas e árvores.
Mesmo todo molhado e sujo de lama, Charlie entrou na casa, pegou as chaves do carro, nem quis saber de trancar as portas, entrou no veiculo e saiu em alta velocidade até chegar a casa do seu irmão. Charlie contou tudo ao seu irmão, que ficou meio sem saber o que dizer, mas permitiu que Charlie ficasse por ali pelo tempo que desejasse, ou até se recuperar do susto. Mas Charlie não pretendia voltar para sua casa tão cedo, o trauma de ser arrastado por vultos vindos do além era extremo.

Autor : Felipe AG

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